Ônibus não é balada

06/06/2009

Antes que esse blog seja dominado pelas teias de aranha, é melhor eu vir aqui e passar uma vassoura para eliminá-las. Justificativa de tal atitude: eu estava no Intercom Sul. Ok, eu cheguei no domingo e estou postando praticamente uma semana após o meu retorno. Trabalho e aula justificam também. De qualquer forma, chega de desculpas e vamos ao que interessa.

O ônibus ao qual me refiro no título deste post nada tem a ver com o que fomos para o Intercom Sul. Pelo contrário: a viagem foi muito divertida. Dirijo-me aqui aos ônibus de linha de dentro da cidade, às “lotações”, como diriam os mais velhos. Quero ressaltar nesse texto a falta de educação de muitas pessoas que embarcam em ônibus e acham que estão numa festa.

Falo por experiência própria. Em um dia qualquer num ônibus qualquer, embarcam dois cidadãos na lotação. Ok. Eles se aproximam dos bancos do fundo, onde eu estava sentado. Maldito dia em que estava justamente no banco ao lado da janela. O que aconteceu? Eles simplesmente surtaram ao ver alguém do lado de fora do veículo e basicamente saltaram para perto da janela. Os gritos e risadas começaram, e nem era pra tanto, se vocês querem mesmo saber. O que aconteceu que tanto me irritou, na verdade, é que um deles praticamente parou por cima de mim para berrar na janela. É nesse momento que eu penso no porque de eu ser uma pessoa tão calma e de ter ficado apenas observando o que acontecia naquele momento, ao invés de soltar as patas (ou, no mínimo, pedir licença) na dupla.

Não sou contra as pessoas que conversam e dão risada em ônibus, até porque eu mesmo faço isso. O problema é justamente esses atos praticados de forma exacerbada por pessoas que não percebem que estão em um ambiente público e que precisam apresentar um mínimo de respeito perante a todos. Desconfiômetro já!

Viva a inclusão digital, enfim!

23/05/2009

Dando quase que um prosseguimento ao post anterior, e como já havia dito nele também, vou dar uma ênfase maior para o assunto “Minha casa não é lan house”.

Nunca é demais emprestar o computador para alguém que não tenha e que queira dar uma “navegadinha na net”. Nunca é demais também prestar atenção para que essa navegadinha não se torne um processo parasitário irreversível. Mesmo sendo uma prática cada vez menos usual, ainda há pessoas que não tem noção de comportamento e fazem o que querem com o computador alheio.

A princípio, é apenas uma olhadinha no orkut, para ver os recados. Ok. Depois, passa-se para a fase do “tenho que adicionar algumas pessoas”. Ok. Após, começa o estágio do “tenho que mandar uns depoimentos”. Nesse momento, você já começa a perder a paciência, pois já está ali há mais de uma hora vendo outro cidadão abusar.

Sim, abusar. Uma hora para fazer tudo o que normalmente se faz na internet no orkut é mais que o suficiente. O que acontece é que muitas pessoas começam a fazer rodeios, inventar coisas para fazer simplesmente para não deixarem o computador de lado. Pior quando isso acontece num momento em que você está precisando estudar, por exemplo, ou também precisando usar o computador. Claro, você poderia subitamente mandar o cidadão sair da frente do computador, brigar com ele, enfim. Assim como abusar da boa vontade alheia, porém, não se deve tratar os outros de forma ríspida. Paradoxal. Pedir com boa educação já serve.

Bato novamente na tecla do bom senso. Se é para usar o computador alheio por um tempão, melhor então que se pague uns dois, três reais e gaste uma hora ou mais numa lan house DE VERDADE, fazendo o que quiser sem abusar da boa vontade de ninguém. Viva a inclusão digital!

Mas antes de vir, avisa!

20/05/2009

Em certas ocasiões acontece quando você quer estar sozinho. Outras vezes acontece quando você está estudando. Ocorre também quando você pode estar dormindo. Quando você pode estar vestido de forma “inadequada”. E pode acontecer também na situação que você imaginar. De repente você ouve seu interfone, sua campainha tocar, sua porta “fazer barulho”. Logo pensamos: “quem será?”. Então você abre a porta e bota seu melhor sorriso no rosto, mesmo que forçado. E é nesse contexto de “OI, CHEGUEI” que faço o post de estreia desse blog, voltado para a observação do comportamento do ser humano em diversas situações do cotidiano (e fora dele também).

O problema todo não é receber visitas. Não, muito pelo contrário. Recepcionar um conhecido em casa é algo ótimo, sinal que alguém sabe que existimos. O problema está em receber visitas inesperadas. Como já disse no parágrafo de abertura, às vezes estamos no “bem bom”, fazendo algo que não gostaríamos de ter que parar de fazer. E com essa chegada triunfal de seu amigo/conhecido, a coisa toda muda.

Dependendo da pessoa, o visitante pode tomar conta da sua residência. Aí, é claro, vai do grau de intimidade que você tem com a pessoa. Se for um grande amigo tudo bem, mas se for alguém não tão ligado a você, o tomar conta da residência pode se tornar desagradável. Pior se você tiver um computador, e com Internet. PIOR AINDA se essa pessoa não tiver de onde acessar e pedir pra dar uma fuçadinha no orkut. Você, é claro, vai deixar, afinal de contas é a favor da inclusão digital. É importante ressaltar, porém, que assim como eu, você também não acha que sua casa é uma lan house e que tudo precisa ter um limite (e vou parar por aqui com isso de lan house, precisarei de um post especial só pra falar disso). O que fazer, então, para que inconvenientes como esses sejam evitados?

Antes de mais nada: o telefone. Conhece? Esse aparelho que ainda não perdeu sua utilidade, funciona. Uma ligação (ou uma mensagem, como no caso do celular) pode mudar o rumo das coisas. Avise seu anfitrião que você gostaria de fazer uma visitinha para jogar conversa fora, pra navegar na net (uau!). Com certeza, o recepcionista ficará aliviado em saber que você vem, pode dar aquela ajeitadinha na casa e – quem sabe – até ir rapidinho no mercadinho da esquina comprar alguma coisa para comer. Segundo lugar: o próprio orkut. Combine, avise que tal dia passará na sua casa (mande o recado com antecedência para que o anfitrião possa responder se vai estar em casa ou não – não podemos esquecer desse detalhe).

Enfim, é tudo uma questão de educação e de bom senso. Atitudes básicas de comportamento que não podem ser deixadas de lado. Faz bem para o visitante e para o visitado. Não espere, porém, que cobradores e ladrões avisem quando estão vindo.